A perversão do filho pródigo: jovem poesia mineira dos anos 1970
Maria Inês de Almeida
Ensaio sobre a poesia “marginal” produzida pela chamada geração do “mimeógrafo” em Belo Horizonte, sobretudo na década de 1970. A ideia central do livro, metaforizada na parábola do filho pródigo (Evangelho segundo S. Lucas), é que os jovens poetas de Belo Horizonte, oriundos do interior de Minas Gerais, encenam em sua poesia os conflitos geracionais e a militância contra o autoritarismo do governo militar da época. A poesia deles insurge contra os poderes religiosos, políticos, socioculturais, que jogam as novas gerações no desespero e no fracasso. Porém, em consonância com as propostas vanguardistas (do Modernismo, por exemplo), aponta uma saída na escrita (e na arte), que os reconcilia com a mãe (a própria terra, que nunca saiu deles). Contra o patriarcado, surge a precária e potente poesia, prenuciando ainda o “matriarcado de Pindorama”.
Data de publicação: 2024